MEC reprova um em cada cinco cursos superiores do País

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Das mais de 4 mil graduações avaliadas, apenas 58 alcançaram nota máxima, sendo consideradas excelentes

Em 2010, 4.143 mil cursos superiores brasileiros foram avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) – desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC). Desse total, 594 não atingiram resultado satisfatório, com nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC), um  indicador que varia em uma escala de 1 a 5. Além disso, daqueles que foram avaliados, 1.115 ficaram sem conceito por terem um número mínimo de estudantes concluindo o curso.
Entre as graduações que obtiveram CPC, as com nota baixa representam 20% do total. Os cursos que apresentaram o índice 4 ou 5 são considerado bons e os com nota 3, satisfatórios.
Apenas 58 cursos alcançaram o CPC 5, sendo considerados excelentes. Cerca de 80% obtiveram resultados entre 3 e 5. Além dos dados do Enade, o conceito leva em consideração a infraestrutura da escola, o corpo de professores e o projeto pedagógico.
Os cursos que obtiveram CPC 1 ou 2 em 2010 terão vagas cortadas pelo MEC. A previsão é que 50 mil delas sejam excluídas em diferentes áreas até o fim de 2011. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes) baliza a expansão das vagas da educação superior no País, ao prever medidas de correção dos problemas para as instituições e cursos com baixos resultados.
“Para quem está fora dos parâmetros de qualidade, o Sinaes estabeleceu os termos que os trazem para a qualidade. Queremos que o sistema continue em expansão, mas com um freio naqueles cursos que estão com problema”, declarou o ministro.
Cursos de medicina
Ele informou ainda que cerca de 95% dos cursos de medicina que passaram pelo processo de supervisão do MEC por apresentar CPC insatisfatório em anos anteriores melhoraram o desempenho em 2010.
Entre os 19 cursos com CPC 1, quatro são oferecidos por universidades estaduais e o restante, por instituições de ensino privadas.

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