BULIMIA
Busca pelo corpo ideal pode levar adolescentes e jovens a
sofrer com o transtorno alimentar.
A busca pelo corpo perfeito e a obsessão por alcançar o peso considerado “ideal” têm levado muitas adolescentes a praticar atos nocivos à saúde. Em alguns casos, a perda de peso não é nem mesmo necessária, mas o desespero de não engordar em alguns casos se torna tão extremo que essas jovens recorrem à bulimia, um sério distúrbio alimentar.
De acordo com o Ministério da Saúde, não há prevalências nacionais dos distúrbios alimentares, porque a subnotificação é comum, uma vez que as pessoas não acreditam ou querem esconder a doença. A estimativa de alguns especialistas é de que de 1% a 4% da população sofra com este tipo de transtorno.
Por vergonha da situação, muitos bulímicos escondem a doença de familiares e amigos. Mas, segundo o profissional, alguns sinais podem ser observados e apontam para o problema. “Geralmente, a pessoa apresenta um período em que diz estar de dieta e logo após consome uma quantidade de alimento muito maior do que consegue absorver. Ela pode ir ao banheiro logo depois de comer e ficar um tempo fingindo estar escovando os dentes ou se maquiando, quando na verdade está vomitando todo o alimento”, exemplifica.
Sendo um transtorno alimentar, a bulimia é prejudicial ao organismo, uma vez que o vômito destrói as paredes do esôfago e o esmalte dos dentes. Em alguns casos, o constante ataque dos ácidos do estômago nas paredes do esôfago leva ao câncer neste órgão. “Uma característica da bulimia é o calo na ponta dos dedos e unhas enfraquecidas ou escurecidas, resultantes da ação destes ácidos”, diz.
Tratamento com equipe multidisciplinar
Como a bulimia é uma doença que afeta também o lado psicológico, é importante que o tratamento seja realizado por uma equipe multidisciplinar. Souza explica que, normalmente, os psiquiatras ministram antidepressivos e, em alguns casos, estabilizadores de humor, para que o medicamento atue nos neurotransmissores de forma a ajudar com as compulsões. “O psicólogo analítico comportamental ou cognitivo comportamental atua no controle da ansiedade, depressão e da compulsão. Já o nutricionista atua na elaboração de cardápios adequados ao reequilíbrio nutricional”, enfatiza.
Para um bom resultado no tratamento, a ajuda da família representa um papel importante, pois é ela que está em maior contato com o doente. “Os familiares podem detectar um problema ainda no começo e conseguir ajuda sem chegar ao estágio terminal. A família tem um papel de base tão grande que muitos tratamentos dão certo por conta do apoio familiar”, completa.
Agência Unipress Internacional
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